Primeira mercadoria transfronteiriça rende 22 mil kwanzas ao Estado

comboio-1728x800_c[1]A primeira mercadoria transportada pelo comboio inaugural do tráfego internacional entre a República Democrática do Congo (RDC) e Angola vai render 22 mil kwanzas para os cofres do Estado, revelou nesta segunda-feira, no município fronteiriço do Luau, o director regional da sétima região tributária, Inácio Morango
Em declarações à Angop, o responsável explicou que a remessa de 50 contentores de manganês vai ser processada num único despacho de trânsito internacional de mercadoria, cuja pauta para esse tipo de mercadorias corresponde a 39,90 UCF, o equivalente a 88 kwanzas.

O director regional informou que, quer no movimento descendente (do Luau para o porto do Lobito), quer no ascendente (do porto do Lobito para a saída do posto fronteiriço do Luau), o procedimento será o mesmo, com despacho de trânsito internacional a ser processado na alfândega do Lobito e no posto fronteiriço do Luau, respectivamente.

“Seja qual for o volume da quantidade de mercadorias, se constituir uma única remessa o valor cobrado é o mesmo”, disse Inácio Morango, esclarecendo que se forem duas ou quatro consignações são processados iguais números de despachos de trânsito internacional, cobrando 39,90 UCF por cada despacho.
Informou que essa política económica de aplicar taxas atractivas, visa atrair o trânsito internacional para Angola, de modo a rentabilizar o caminho de Ferro de Benguela, para o retorno dos grandes investimentos feitos pelo Executivo angolano nesse empreendimento.

Considerou vantajosa a operacionalidade do CFB, pois o funcionamento do corredor do Lobito vai permitir a entrada de mercadorias para os países da região encalhados, sobretudo o RDCongo e a Zâmbia, e por arrasto isso trará inúmeros serviços em benefício da população local.
Para o director regional, a intensificação do tráfego internacional vai permitir a fixação de despachantes e transitários que por sua vez poderão empregar a mão-de-obra, dando emprego a população o que poderá gerar o crescimento económico das regiões beneficiadas.

Apontou, por outro lado, que o tráfego internacional vai trazer por arrasto alguns serviços directos e indirectos que vão fazer com que o município do Luau, bem como as outras localidades do corredor do Lobito cresçam e haja mais movimento, desenvolvimento e por via disto também haja mais consumo, mais imposto e por conseguinte, mais dinheiro para o estado.

O comboio inaugural do tráfego internacional entre a RD Congo e Angola chegou hoje à estação ferroviária do município fronteiriço do Luau, província do Moxico, transportando 50 contendores com mil toneladas de manganês, a partir das minas de Kasange (RDCongo), com destino ao porto do Lobito, onde será comercializado.
Enquanto isso, o vice-cônsul da República Democrática do Congo, acreditado em Angola, nas províncias do Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte, José Mbako, manifestou o interesse de incrementar as relações comerciais entre os dois países com vista a aumentar a economia do seu país.

Desafiou os que comerciantes angolanos a aproveitem o reinício do tráfego internacional para comercializar produtos de Angola, sobretudo, o peixe congelado, sal, óleo vegetal, cimento, entre outros bens.
Assegurou que a RD Congo vai continuar a exportar o seu mineiro, através dos Caminhos de Ferro de Benguela, pelo que, espera também produtos provenientes da República de Angola, a serem comercializados no seu país.
O diplomata informou que a província Congolesa de Lualamba fica muito distante da República de Moçambique, daí preferir efectuar comércio com Angola, com quem mantém excelentes relações de amizades, com a reactivação do tráfego internacional, através dos caminhos de Ferro de Benguela (CFB).

Considerou vantajoso transportar a mercadoria da RD Congo via corredor do Lobito, por estar mais próximo, para evitar longas distâncias como acontecia anteriormente.
O diplomata admitiu a possibilidade de estudar, nos próximos tempos, meios para criação de um comboio de passageiros para permitir a circulação dos cerca de mil Congoleses residentes nas províncias vizinhas angolanas (Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte). ANGOP

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